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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

JOHN WESLEY, TIÇÃO TIRADO DO FOGO.



JOHN WESLEY, TIÇÃO TIRADO DO FOGO.

O reavivamento metodista foi o terceiro despertamento religioso na Inglaterra, depois da reforma do século XVI e o Puritanismo do século XVII. Nos primeiros cinqüenta anos do século dezoito, as igrejas da Inglaterra, a oficial e a dissidente, entraram em decadência. Os cultos eram formalistas, dominados por uma crença intelectual, mas sem poder moral sobre o povo. Neste contexto surgiu o movimento metodista. Ele está ligado ao nome de John Wesley (1703-1791), que dominou o cenário religioso do século. Os historiadores não têm dificuldade em reconhecer que o metodismo é um dos grandes fenômenos da história daquele século.

John Wesley nasceu em 1703, sendo seu pai o reitor de Epworth, em Lincolnshire. Contudo, Wesley recebeu maior influência de sua mãe, descendente de ministros puritanos e não-conformistas. Ela foi mãe e professora de dezoito filhos. Quando Wesley tinha apenas 5 anos, a residência do reitor queimou-se completamente em uma noite. John ficou preso no andar de cima e dói resgatado no último minuto de uma janela superior. Isto levou sua mãe a vê-lo como um “um tição tirado do fogo” (Zacarias 3.2), preservado para uma tarefa especial. Estudou na igreja de Cristo, Oxford, e em 1725 foi ordenado ministro da igreja da Inglaterra. Voltou a Oxford para ser um Adjunto da Faculdade Lincoln, e enquanto estava ali se tornou um dos fundadores do Clube Santo, para aqueles que eram sérios na prática da sua religião. Foram apelidados por seus detratores de “metodistas”. Os rigorosos exercícios espirituais devocionais não traziam paz a Wesley.

Em 1735, John e Charles Wesley foram para a Geórgia em uma viagem missionária. Quando atravessava o oceano Atlântico, John Wesley ficou impressionado com alguns morávios. Seguidores do conde Zinzedorf, e por meio destes alcançou conhecimento experimental da vida espiritual. Quando seu navio enfrentou uma tempestade, Wesley temeu por sua vida, enquanto os morávios cantavam hinos alegremente.

Ele disse: Meu irmão, eu devo primeiro fazer-lhe uma ou duas perguntas. Você tem o testemunho dentro de si? O Espírito de Deus testifica com seu espírito que você é um filho de Deus? Eu fiquei surpreso e não sabia o que responder. Ele observou e perguntou: “Você conhece Jesus Cristo?” Hesitei e disse: “Eu sei que Ele é o Salvador do mundo”. “Verdade”, replicou ele, “mas você sabe que ele o salvou?” Eu respondi:”Eu espero que ele tenha morrido para me salvar”. Ele apenas acrescentou: “Você conhece a si mesmo? Eu disse: “Conheço”.

Na época de seu retorno a Inglaterra em 1738 Wesley estava ainda mais consciente de sua necessidade espiritual. “Eu fui a América para converter os índios – mas oh! Quem vai me converter!” Mas a libertação estava a mão. Wesley recebeu ajuda adicional dos moravianos, especialmente um Peter Bohler, e as questões atingiram uma situação crítica mais tarde naquele ano.

Ao anoitecer fui muito sem vontade a uma congregação religiosa na Rua Aldesgate, onde alguém estava lendo o prefácio de Lutero, a Epístola de Romanos. Cerca de quinze para as nove, quando ele estava descrevendo a transformação que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti meu coração estranhamente aquecido. Eu senti que confiava em Cristo, Cristo somente, para a salvação. E uma certeza foi me dada que ele havia tirado meus pecados, os meus mesmo, e me salvado da lei do pecado e da morte.

Tradicionalmente considera-se esta como a conversão de Wesley. Parece provável que já tivesse sido um cristão comprometido por alguns anos. O elemento novo era a certeza de salvação. (Curiosamente, o pai de John, que vinha de uma família puritana, não conformista, tinha dito a ele, em seu leito de morte, que a prova mais forte do cristianismo é o testemunho interior do Espírito Santo.) Para muitos na Igreja da Inglaterra parecia presunçoso reivindicar qualquer certeza tal. Mas Wesley veio a vê-la como o “próprio fundamento do cristianismo” e “a principal doutrina dos Metodistas”.

John Wesley não foi o único a passar por tal conversão. Seu irmão mais novo Charles Wesley (1707-88) precedeu-o em três dias e George Whitefield em vários anos. Eles começaram a pregar a mensagem da salvação pela fé em Jesus Cristo. Mas tal ensino não era bem-vindo aos púlpitos da Igreja da Inglaterra.

A pregação dos Wesleys e de outros evangélicos, ou “metodistas” como eles foram chamados, veio como um chamado claro para retornarem ao evangelho, às boas novas da salvação em Jesus Cristo. Quando os púlpitos se fecharam para eles, primeiro Whitefield e depois Wesley, começaram em 1739, a pregar ao livre.

John Wesley viajou cerca de 5.000 milhas por anos, todo ano, que em qualquer parte que estiver, considero-o apropriado, certo e meu dever penhorado declara a todos que estejam dispostos a ouvir, as alegres notícias da salvação. Ele agrupou os crentes, em cada uma das áreas que alcançara, em sociedades e, conforme o movimento crescia, indicava outros pregadores, designando cada um para determinada área.

Wesley e outros pregadores evangélicos tiveram que enfrentar oposição do clero e de todos os níveis da sociedade. Através da pregação deles a Grã-Bretanha experimentou o Reavivamento Evangélico e muitos foram trazidos a um conhecimento vivo e pessoal de Jesus Cristo.

A hostilidade da Igreja da Inglaterra levou-os à sua separação da igreja instituída, para formarem a igreja Metodista. Não que a própria igreja da Inglaterra ficasse impassível. Como resultado do reavivamento, os Evangélicos tornaram-se o principal grupo da Igreja da Inglaterra, uma posição que eles retiveram até a última parte do século XIX. As igrejas livres tradicionais (presbiterianas, congregacionais e batistas) que haviam declinado em número e vitalidade, também foram reavivados e cresceram rapidamente.

Todos os níveis da sociedade foram afetados e o caráter moral da nação mudou significativamente. Diz-se que sem o reavivamento a Grã-Bretanha provavelmente teria enfrentado uma revolução semelhante à Revolução Francesa. No século XIX, a “consciência não-conformista” era um fator poderoso na política. Os fundamentos do movimento da união profissional e o Partido Trabalhista voltaram ao Evangelismo. A vida social e a política da nação foram profundamente afetadas em muitos sentidos.

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